sexta-feira, 9 de outubro de 2015

2012: O pior (ou melhor) ano da minha vida + Tabu: Remédios

Oiii pessoa que está lendo esse texto e provavelmente deve estar pensando: "É o pior ou o melhor ano da sua vida?". Nem eu sei, talvez as duas coisas juntas... Bom dia, boa tarde e boa noite!! Meu nome é Julia e hoje eu vou falar sobre 2012 (não o filme, que é uma merda,convenhamos) o pior (ou melhor) ano da minha vida (por enquanto) Espero que gostem!!
Bom, estamos em 2012 (avá) na sétima série, perto do ensino médio, o que me deixava muito ansiosa. Primeiro dia de aula e eu não havia caído na classe de nenhuma das minhas "amigas" da época (que não eram tão amigas assim, no sentido real da palavra) mas enquanto eu estava supostamente perdendo algo, ganharia ALGUMAS coisas muito melhores (tipo um iphone 6, só que não). Estava desde o ano passado conversando com uma garota muito legal (se fosse homem eu pegava sem sombra de dúvidas), que é hoje companheira de inestimável valor (e amiga de anos já) BFF e querida fofinha: Letícia Popoli!! Começamos a fazer trabalho juntas na sexta série e a gente se dá tão bem (acho que porque em alguns aspectos somos totalmente iguais) então, logo viramos amigas. Enquanto isso, nas minhas outras amizades, cada vez mais estavam me deixando mais triste, chegando a um ponto em que eu não sabia mais por que ficava lá, devido a alguns acontecimentos.
Porém, fiquei mais próxima da Letícia e de outras pessoas (como a Gabi e a Natália), mesmo que eu estivesse feliz por um lado, por outro eu continuava triste. Parecia que o sentimento ruim não passava e como se não bastasse, aumentava. Meu corpo sempre estava pesado e o que eu mais fazia era dormir e escrever em meu caderno. Finalmente, cheguei ao fundo do poço e entrei em uma depressão profunda (isso literalmente é chegar no fundo do poço). Parecia que o meu limite tinha chegado, ou melhor, que eu já havia ultrapassado ele a muito tempo.Uma coisa que evidenciava isso era os textos excessivamente tristes e sem quase nenhum sentido que eu escrevia e isso vai revelar muito mais lá na frente, porque afinal, podemos não nos achar importante, mas tem sempre alguém olhando por nós. Você pode acreditar que seja Deus, ou alguma pessoa mesmo, mas é impossível que você não seja importante para alguém, disso eu tenho certeza e descobri duramente, mas descobri.
Tudo isso não foi somente gerado só pelas minhas "amigas", mas por uma série de acontecimentos como por exemplo, meus pais na época estavam brigando muito e ameaçando de se separar, então nada colaborava para eu me sentir nem que fosse um pouco melhor. Acho que a única coisa que me deixava digamos, consciente, era o fato de não me afastar da igreja, afinal, pelo menos para mim é importante ter alguém em quem acreditar e poder seguir sem erro (quem não acredita, respeito também, é afinal, uma escolha pessoal, não importa religião ou opção sexual, todos merecem respeito). E também ter a Lele por perto me ajudou demais, porque uma amiga como ela é também essencial para você poder melhorar e seguir em frente, por isso ela é tão importante para mim.
Voltando então aos meus texto que não eram dos mais alegres, um professor de português que é muito querido para mim até hoje percebeu isso e ele me chamou para conversarmos um pouco. Acabou que eu desabafei com ele sobre meus problemas (o que me ajudou muito) e é claro que eu chorei, e chorei mais, chorei até não ter mais água no meu corpo e o mundo acabar inundado, então,ele me orientou, dizendo que eu deveria conversar com os meus pais para ver se as coisas melhoravam. Vai parecer maldade agora, mas ele me deu um prazo para fazer isso e se eu não fizesse, ele iria passar o problema para a direção da escola (no meu caso, a diretora que é uma mãe para mim, mas me assusta mais do que a minha).
Parece maldade fazer isso, mas do jeito que a coisa tava, era difícil dizer o que aconteceria se ele não tivesse me pressionado desse jeito, então o melhor caminho foi me fazer enfrentar o problema e é claro que eu...Não, eu não falei nada, não consegui. Acabou que meus pais foram convocados, choramos mais um pouco e imundamos o mundo de novo,então começamos a fazer um tratamento para melhorar tanto o temperamento dos meus pais quanto o meu, mas ficamos bem no final. Hoje eu tomo algumas medicações (somente por algum tempo) para ansiedade.
Os remédios (principalmente os de tarja preta) são um tabu, mas eu não tenho vergonha de dizer que tomo, porque foi necessário toma-los para eu me sentir melhor e quando é algo que vai te fazer bem, não tem nenhum problema quanto a isso. Eu acho que se você tiver que usar algum medicamento, não significa que você está doente, remédios não são sinal de doença e sim de que você é humano, tem direito de falhar e ter seus defeitos, eles só então aqui para ajudar e controlar o que é necessário (vou falar futuramente sobre mais alguns tabus, mas é apenas um assunto extra por enquanto), mas só use-os se de extrema necessidade, porque afinal, pode virar um vício.

Bom inconstantes, espero que tenham gostado, mas e você, o que acha sobre remédios e depressão? Acha que é um assunto muito delicado para se tratar? Espero que tenham gostado queridos (as). Um beijo e um queijo!! Até a próxima!!



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